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Amor a Jesus e ao outro
    ASSOCIAÇÃO JESSE DE ARAÇATUBA
                    “JESUS É O SENHOR”
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AMOR A JESUS E AO OUTRO
 
Deus criou cada um de nós, cada ser humano, para grandes coisas: para amar e ser amado. Nenhum emprego, nenhum plano, nenhuma posse, nenhuma idéia ou ideal, pode tomar o lugar do amor”.
                                                                                              Madre Tereza de Calcutá
       Já vimos que o amor é o caminho perfeito e que precisamos amar como Jesus amou; Mas como poderemos alcançar isto? Creio que a resposta é amar a Jesus, de todo o coração, de toda a alma e com todo o entendimento (Dt 6,5). Não é à toa que o mandamento de amar ao próximo vem em seguida ao de amar a Deus SOBRE TODAS AS COISAS. Precisamos experimentar um amor tão profundo, arrebatador, radical pelo Senhor, que nos lance sem medo nem reservas no amor ao próximo.
       É impossível amar a Deus e não amar o outro, se isto acontecer, é porque ainda não amamos a Deus (1 Jo 4,20-21). Se quisermos saber a medida do nosso amor por Deus, é só verificar o quanto amamos aos irmãos.
       Todos queremos amar a Deus e também aos irmãos, mas pelos nossos fracassos já pudemos perceber o quanto é impossível fazê-lo pelas nossas próprias forças. Há um limite para tudo o que é humano. Alguém pode ser por natureza, bondoso, amoroso, paciente, perdoador, mas sempre existirá um limite para estas qualidades. Poderá acontecer alguma circunstância em que sua bondade não será suficiente, sua paciência se esgotará ou a mágoa será maior que a capacidade para perdoar.
       Deus está nos chamando para a “fonte de águas vivas”(Jo 7,38; Ap 21,6), que jorra de forma inesgotável! Se tivermos a vida de Jesus fluindo em nós, não dependeremos de nossa capacidade, pois o que necessitarmos virá dEle! Se precisar perdoar, não precisarei do meu esforço, pois o perdão de Jesus fluirá em mim. Não há, pois, coisa alguma nesta Terra que eu não possa perdoar, visto que o que opera em mim, é o perdão de Jesus! Assim também com todas as outras situações: a cada necessidade, não precisarei mais depender de minha capacidade para realizar o que é preciso ser feito, mas a vida de Jesus, cuja fonte é inesgotável, fluirá em mim! Que bênção!  Que maravilha! O meu maior triunfo é justamente a minha fraqueza (2 Co 12,9-10)!
       Saber que é impossível fazer qualquer coisa para Jesus por nossas próprias forças, torna mais fácil todas as obras por mais difíceis que pareçam, pois só nos resta estarmos em comunhão com Ele, e deixar que flua a fonte de águas... Para podermos amar como Jesus amou, precisamos ter um relacionamento profundo com Ele, que vêm através de comunhão e adoração, que nos leva a conhecê-Lo e à medida que O conhecemos, mais O amamos e quanto mais O amamos, mais temos a necessidade de adorá-Lo  e fazê-Lo feliz.
       Este desejo de satisfazê-Lo é que nos leva a amar o outro. É o desejo de alegrar o amado que nos leva a buscar a transformação de nosso coração. Quanto mais O amamos, maior é nosso desejo de santidade e maior nosso receio de ofendê-Lo. O que levou aquela mulher pecadora a enfrentar o desprezo dos fariseus para lavar os pés de Jesus com suas lágrimas, enxugá-los com seus cabelos e perfumá-los, senão um profundo amor (Lc 7,38)? Jesus reconhece e se agrada desta demonstração de afeto, demonstrando também seu desagrado ao fariseu que ao contrário da pecadora, não fez nada por Jesus e ainda o julgou em seus pensamentos.
       O fariseu não amava o Senhor, porque não percebia a sua própria iniqüidade e, portanto, não necessitava de Jesus. Recebeu a visita mais importante de sua vida e não a amou. E nós? Será que não amamos o Senhor, porque não temos também consciência de nossa inutilidade e da grandeza de nossos pecados? Será que não fazemos de nós mesmos um julgamento maior do que convém (Gl 6,3)? Será que se o Senhor nos visitasse, o trataríamos como a pecadora ou como o fariseu o tratou?
       E como poderíamos reconhecer Jesus, se nos visitasse? Madre Tereza de Calcutá procurava Jesus disfarçado nas pessoas, ela dizia: “Somos uma ordem contemplativa, primeiro meditamos sobre Jesus, depois saimos e O procuramos disfarçado”. E sempre o encontrava disfarçado nos pobres, nos leprosos, nas crianças abandonadas e quase a morrer. Jesus disse que quem desse de comer ou beber ao mais pequenino dos irmãos, foi a Ele que fizeram (Mt 25,31-46). Se tratássemos  cada pessoa como Jesus, certamente o mundo seria diferente! Madre Tereza ainda dizia: No podemos fazer grandes coisas, s pequenas coisas com grande amor.
       A pecadora supriu Jesus, num momento em que Ele necessitava de ser recebido e amado. Ela O amou no lugar daquele que deveria tê-Lo amado, isto é, amou-O pelos que não O amam. Eis aí algo de maravilhoso que podemos fazer para alegrar o coração de nosso amado: crer pelos que não crêem, amar pelos que não amam, adorar pelos que não adoram, perdoar pelos que não perdoam, enfim, podemos reparar todos os atos ofensivos que nosso amado recebe. Isto é amor! A cada nova situação que vivemos, podemos estar continuamente oferecendo a Jesus, como ato de amor! Este é o nosso culto racional (Rm 12,1).
       Santa Terezinha tinha como ato de oferecimento ao amor misericordioso, entregar todos os sofrimentos, alegrias, enfim, tudo o que pudesse agradar seu amado. Eis o que diz em sua autobiografia:
 
“... Não tenho outro meio para Te dar prova do meu amor, senão o de     jogar flores, isto é, o de não deixar escapar nenhum sacrificiozinho, nenhum olhar, nenhuma palavra, ou de servir-me das coisas mais insignificantes, fazendo-as por amor... Quero sofrer por amor e até gozar por amor, e assim estarei a lançar flores diante do Teu trono.”
 
 
       Que nós possamos buscar este relacionamento de amor com Jesus, que nos possibilite amar a todos, de forma a estar sempre agradando ao amado!