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IGREJA ANJOS 2
ASSOCIAÇÃO JESSE DE ARAÇATUBA
                    “JESUS É O SENHOR”
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                                      A    I G R E J A  ( ANJOS )
 
                        Ao entendermos o plano de Deus, de preparar para seu filho uma companheira eterna, que pudesse ter comunhão com Ele e dessa maneira, participando de toda a sua herança, reinar com Ele (Ef 5, 32) podemos compreender o propósito de Deus para a criação do universo, e porquê o Pai, o Filho e o Espírito Santo abrem um “parêntese” na eternidade, criando o cosmos e começando a contar o “tempo”, o qual não se contará mais quando a obra que o Senhor tem em mente se realizar e estiver totalmente concluída. Começará novamente o estado eterno.
                        Podemos perceber que a humanidade redimida, isto é, os homens e mulheres que alcançaram a redenção através de Jesus, e que nascendo de novo, passaram a fazer parte da família de Deus, ocupam uma posição privilegiada na hierarquia do universo. Nós não estamos com isso diminuindo a importância e o esplendor dos anjos (Sl 103 ou 102, 20). Eles são incrivelmente lindos, majestosos, poderosos e com uma inteligência sobrenatural. Governam nas esferas celestiais, cercam o trono  do Deus Altíssimo, formando a corte do Rei dos Reis (Ap 19, 14; Ne 9, 6; Dn 10, 12-14; 2 Rs 6, 15-17),  e são enviados para servirem ao povo santo (Hb 1, 14). Porém, apesar de toda insignificância dos seres humanos, há uma significativa diferença entre os homens e os anjos.
                        Os anjos são criados e não gerados. E não foram criados conforme a imagem e semelhança de Deus, portanto Deus não poderia encarnar-se neles. Por isso os anjos caídos não podem jamais serem redimidos. Nenhum anjo celestial pode tornar-se membro “gerado” da família de Deus. Não poderão receber a herança de Deus e nem fazer parte de sua natureza divina. Nenhum deles pode tornar-se membro da irmandade da noiva. Esses privilégios e posição foram reservados só para a humanidade redimida, os homens que nasceram de novo e receberam um novo espírito.
                        Qual dos anjos teve o privilégio de ouvir a seu respeito que eram filhos de Deus e se tornariam semelhantes a Ele? (I Jo 3, 1-2). Ou que eram da mesma origem de Jesus, por isso os chamaria “irmãos”? (Hb 2, 11-12; Mt 12, 48-50). A qual anjo é possível a unidade com a Trindade? (Jo 17, 21-23). A sua obra é para os remidos e não para os anjos (Hb 2, 16).
                        A maior prova da diferença é quando Paulo ilustra a igreja, isto é, os remidos, como o corpo de Cristo (Ef 1, 23; 5, 30). Sabemos que só podem fazer parte de um corpo, de uma unidade orgânica, os membros que têm a mesma origem genética. Nos transplantes, o maior problema é a rejeição, pois o corpo reconhece os que lhe pertencem, e rejeita o membro estranho. A igreja só pode ser o corpo de Cristo porque é constituída dos mesmos “genes” divinos, que lhe são dados pelo novo nascimento. Só assim podemos ser um com Ele (I Co 6, 17).
                        Lemos no Sl 33 ou 32, 4 e 9 que o Senhor ordenou e os céus e os exércitos celestiais foram criados. Deus já tinha o Seu trono e Sua corte de adoradores. Faltaria alguma coisa para que o seu louvor fosse devidamente exaltado? Dois de seus infinitos atributos, poderiam ser  facilmente engrandecidos: o poder e a divindade (Rm 1, 20). Porém, o mais sublime, o amor, e também a misericórdia, nunca poderiam ser conhecidos, a não ser pelo fruto deste amor, que é a igreja de Cristo, resgatada com Seu próprio sangue. Só mesmo a raça humana, perdida e escrava, pode contemplar aquelas mãos marcadas pelos cravos, louvar e agradecer pela “eterna salvação”.
                        Para que os anjos fossem criados, bastou que fosse dado a ordem (Sl 148 ou 147, 5); para que a igreja viesse a existir, foi necessário que Jesus morresse. Fomos comprados por um alto preço (I Co 6, 20). O custo das 2 classes de seres foi completamente diferente. E, mais ainda, nós, os remidos, haveremos de julgar os anjos (I Co 6, 3).
                        Todo esse estudo feito acima, sobre a posição dos anjos e dos cristãos, nada mais é do que para demonstrar a importância que temos diante do Senhor.
                        Cada um de nós, que formamos a igreja, somos especiais para o Senhor. Vemos que há um esforço especial por parte de Deus, no qual coopera todo o universo, para realizar esta obra, “obra tal que não crereis, se alguém vos contar”(At 13, 41). Todo o universo está unido, sob o comando do Senhor para realizar esta poderosa obra: preparar a noiva, essa companheira de adoradores que darão ao nosso Deus um louvor espetacular, nunca antes experimentado e que nada poderá exceder. Podemos concluir então que cada um de nós somos membros importantes do corpo de Cristo, eleitos antes que o mundo existisse, e comprados por um preço altíssimo (I Pe 1, 18-24). Ao termos consciência do  nosso valor e ao termos a revelação “da esperança da nossa vocação” (Ef 1, 18), compreendemos que somos imprescindíveis para Deus, e que temos um grande valor, pois Jesus Cristo não seria tolo para comprar por um preço tão alto, algo que não valesse nada. Com esse entendimento, podemos tirar de nossas almas todo complexo de inferioridade, toda insegurança e medo de trabalhar para o Senhor, sempre achando que os outros são melhores. O chamado de Deus é sem arrependimento (Rm 11, 29), portanto você não foi chamado ou vocacionado “por engano”. Deus tem um propósito para sua vida. Deixemos de lado, pois, todo sentimento de inferioridade que nos impede de assumir o que Deus tem para nós.
                        Para que possamos entender claramente o nosso valor e a nossa constituição, vamos estudar o novo nascimento. Quando estudamos a diferença entre anjos e os homens redimidos, vimos que os anjos não fazem parte da família constituída de Deus, porque não podem ser uma unidade orgânica com Ele. Por outro lado, os homens que não são salvos também não podem, porque não tem em si as características de Deus. Como podemos ser filhos de Deus e nos tornar participantes dessa unidade orgânica? A resposta é o novo nascimento.
                        Já estudamos a queda do homem e a encarnação de Jesus. Vimos que o homem estava em pecado e a obra salvadora que Jesus realizou através de Sua morte e ressurreição, garantindo assim a vida eterna para nós. Ao aceitarmos essa obra salvadora de Jesus e o seu senhorio, arrependendo-nos de nossas obras mortas, acontece algo espetacular conosco: um verdadeiro milagre: o novo nascimento.
                        Sabemos que ao crer na obra que Jesus Cristo realizou, baseados na fé nEle, somos justificados, isto é, assim como Ele foi considerado justo no tribunal divino, todos os que crêem nEle, tornam-se justos também, pela fé (Jo 5, 24). No tribunal divino, perante todo o universo, diante de satanás e de Deus, somos considerados livres, sem condenação, justos. Não pela nossa própria justiça, mas pela justiça de Jesus (Rm 5, 1-2; 3, 22-24). Por isso todos nós que cremos em Jesus, somos justos, e todas as promessas feitas na Palavra aos justos, são feitas para nós. Experimente trocar o seu nome quando ler a palavra justo e verá quanta coisa Deus tem para você. Por exemplo: “Denise viverá de fé” (Rm 1, 17); “a oração da Denise pode muito em seus efeitos” (Tg 5, 16); a Denise é libertada de angústia (Pv 11,8): “nunca vi desamparada a Denise, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37 ou 36, 25). Devemos sempre nos lembrar que quando Deus olha para nós não vê a nós, mas vê a Seu Filho amado e sua Justiça, por isso temos ousadia e confiança diante de Deus (Hb 10, 19-20; Ef 3, 11-12).